Pará: CARTAS NA MESA: HELDER DEIXA GOVERNO EM UM ANO E ANUNCIA "MANDATO TAMPÃO" PARA HANA
Governador mantém estratégia política de eleger vice-governadora entregando o cargo para decidir o próprio futuro, que pode ser no Senado ou ao lado do presidente Lula.
No dia em que anunciou a
vice-governadora Hana Ghassan como sua sucessora ao governo estadual em 2026, o
governador Helder Barbalho ampliou o fosso - não exatamente inédito na política
do Pará - que determinou o desenlace nas relações com o prefeito Daniel Santos,
de Ananindeua, desde então adornado por crescentes.
Na “guerra” pelo controle
político do segundo maior colégio eleitoral do Estado, a “República de
Ananindeua”, Helder e Daniel perderam mais que ganharam - ou vice-versa: a
ordem dos fatores não altera o produto -, na visão dos observadores mais
atentos: Helder apostou no seu poder de fogo lançando meia dúzia de aliados
para o embate na eleição municipal e perdeu; Daniel, eleito do alto da
popularidade, fez a fila andar e, mesmo alvo do Ministério Público e da Justiça
estadual, segue em campanha no interior. Não que vai dar, só as urnas dirão,
mas ainda tem muita água para passar sob a ponte, chova ou fachada sol.
Estratégia eleitoral
Helder é um animal político e,
como tal, determinado. No discurso no final do mês passado em Brasil Novo,
região da Transamazônica, o governador confirmou Hana Ghassan como governadora
do Estado por um ano: assumirá o governo no início de 2026, dentro da
estratégia eleitoral de Helder Barbalho disputando as eleições de 2026 para o
Senado Federal, ou compor a chapa nacional para Presidência da República.
Do dia em que anunciou seus
planos políticos - em discurso em Ananindeua na presença de um constrangido
prefeito Daniel Santos -, passando pelo dia 27 de fevereiro, na Transamazônica,
até hoje, Hana Ghassan tem lembrado a figura da matrioska , aquela múltipla
boneca russa montada em peça única para simbolizar, entre outras coisas,
maternidade, família e amor: vice-governadora, secretária de Planejamento,
ex-secretária de Planejamento, “gerente de controle de gastos” do governo e
coordenadora da organização da COP30, Hana fez de tudo, mas a base aliada faz
restrições. Nem propositalmente, na Transamazônica, a factótum Hana Ghassan foi
“rejeitada” como “Rainha do agro”, que definitivamente não tem o governador em
boa conta.
Além de se agarrar ao discurso da
sucessão, Helder Barbalho teria sinalizado à cúpula do MDB, em Brasília, ao
retorno de Davos, que sua candidatura à sucessão é Hana Ghassan, mas, mesmo
depois disso e das conversas internas, a base aliada do governador dá sinais de
resistência, a ponto de provocar reclamações da candidatura ao governador. Não
à toa, Hana chegou a ser dada como substituta do candidato do partido à
Prefeitura de Belém, Igor Normando, afinal eleito, quando seu nome se mantinha
em 8% das intenções de voto. Era balão de ensaio, enviado com informações sobre
a baixa capilaridade política da vice, o que Helder não vê - tanto que reafirma
o jogo para 2026 com Hana Ghassan.
Garantido o “mandato emitido”
para sua sucessora, conforme o vídeo que circula na região da Transamazônica -
ao passo em que anunciou que deixará o governo em um ano -, resta ao governador
a missão de mostrar o que pode. Eleger Hana Ghassan em uma reeleição do mandato
é história para os próximos capítulos.
Boato que circula nas redes
sociais dá conta de que o desmonte da Casa Bruno de Menezes, ao lado do
Palacete Pinho, promovida pela gestão Igor Normando, servirá à novíssima
Secretaria de Inclusão e Acessibilidade, comandada por Nay Barbalho
A Casa estava infestada de
cobras, ratos, sapos, cupins, focos de dengue, sem lâmpadas, com estoque de
água mineral vencida, tomada de pelas plantas sem pod, banheiros interditados”
disse a segurança em resposta ao ex-prefeito Edmilson Rodrigues.
·“Estou imensamente feliz
em homenagear Bruno de Menezes, ocupando a Casa com pessoas com deficiência e
muito trabalho, inclusive aos finais de semana”, arrematou.
·A oposição decidiu bloquear a
pauta do Congresso - onde Lula pretende aprovar, entre outros, a criação do
consignado privado, os financiamentos no Minha Casa, Minha Vida e o reajuste de
servidores - até que seja pautado o projeto de anistia aos envolvidos nas
confusões de 8 de janeiro.
·Cerca de 2,8 milhões de
crianças não têm acesso à água de qualidade no Brasil, disse o Unicef no Dia
Mundial da Água.
·Verônica Sánchez, presidente
da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, destaca a importância da
preservação dos recursos hídricos nacionais, mas alfineta o governo por conta
dos impactos da redução orçamentária no órgão.
·Da série "se a
inveja matasse": o Piauí recebe até o próximo dia 27 a Missão de Oficiais
da União Europeia e de Países Europeus para Ciência, Tecnologia e Inovação,
buscando conectar a comunidade científica e empresarial local às oportunidades oferecidas
por países europeus.
·Em parceria com o Center for
Aquaculture Technologies, dos Estados Unidos, uma empresa do interior paulista
já utiliza tecnologia de edição gênica para acelerar o melhoramento da tilápia
e garantir maior rendimento de filé, menor consumo de ração e redução do tempo
de abate do peixe.
·A iniciativa abre portas para
revolucionar a piscicultura nacional e colocar o País na condição de referência
na aplicação de biotecnologia na aquicultura.
Fonte: Portal Olavo Dutra
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