INTELIGÊNCIA ATUA NA OPERAÇÃO DE RETIRADA DE INVASORES DA TERRA INDÍGENA MUNDURUKU (PA)
Desintrusão garantirá que apenas indígenas permaneçam na terra e que recursos naturais não sejam retirados por criminosos
A Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) está acompanhando os desafios da operação de desintrusão da Terra Indígena Mundukuru (Timu),
iniciada no dia 9 de novembro nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, no
Pará. A ação visa a remover invasores que realizam extração ilegal de ouro
e garantir que o território permaneça exclusivamente com os 9.257 indígenas dos
povos Munduruku, Isolados do Alto Tapajós e Apiaká.
A mineração causa erosão dos
rios da bacia do Alto Tapajós e a contaminação por mercúrio. A Timu foi
priorizada para desintrusão por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação é coordenada pela Casa Civil e envolve 20 órgãos federais.
A Inteligência atua operação
desde o início do processo preparatório, buscando prevenir o escalonamento de
conflitos e a violência. As ações da Abin foram iniciadas com a elaboração de
relatórios destinados a construir um amplo panorama sobre a região. O trabalho
abrangeu histórico de ocupação, questões ambientais e análise de riscos para a
realização da operação. Os dados são utilizados no planejamento e execução da
desintrusão.
Iniciadas as ações, as
inteligências dos órgãos que compõem a missão atuam permanentemente com o
objetivo de conferir ampla consciência situacional sobre aspectos de interesse,
sob a coordenação da Abin.
Pós-desintrusão
Concluída a desintrusão, terá
início a fase de consolidação, com a implementação de medidas para impedir ou
dificultar o retorno dos invasores. Estão previstas ações como inutilização de
instalações, vias de acesso, cercas e construções que não sejam de interesse do
povo originário.
Na fase de pós-desintrusão, o
governo promoverá ações diárias de monitoramento e patrulhamento. A agência
acompanha as medidas adotadas para garantir, pelo Estado Brasileiro, a
manutenção da liberação dos territórios, favorecendo o usufruto do território
pelos indígenas e reduzindo os impactos ambientais e à saúde.
A Abn realiza trabalhos dessa
natureza há mais de dez anos, apoiando as operações de desintrusão das TIs
Marawatsede (2013), Awá-Guajá (2014) e Apyterewa (2016). Em 2023, a Agência
subsidiou as desintrusões nas TIs Apyterewa, Trincheira Bacajá, Yanomami e Alto
Rio Guamá e, em 2024, da TI Karipuna.
Fonte: Agência Governo
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