OPERAÇÃO DESARTICULA FALSA UNIVERSIDADE NO PA QUE CAUSOU PREJUÍZOS DE R$ 12 MILHÕES
De acordo com os
policiais, os suspeitos usavam de forma fraudulenta a logomarca da Universidade
Paulista (Unip) nas falsas unidades de ensino superior com educação à distância
e vinham “formando” alunos, que não sabiam do esquema, desde 2017.
Operação ‘Last
Prom’ (‘Último Baile’)
Durante a
operação, deflagrada nesta sexta-feira (21), o homem apontado pela PC como
chefe da associação criminosa foi preso em flagrante com documentos falsos e
por estelionato.
Segundo os
agentes, ele fundou o primeiro polo na localidade Monte das Oliveiras – Rio
Itaucu, em Oeiras do Pará, cidade no arquipélago do Marajó.
As investigações
revelaram que o suspeito se apresentava como coordenador regional da UNIP em
diversas comunidades do Marajó, especialmente em Oeiras do Pará e em
Curralinho.
Além destes
municípios, Belém também está na rota da operação. Na capital, foram
apreendidos mais computadores e outros documentos com a logomarca da UNIP.
Em nota, a UNIP
informou que nenhum dos polos que estão sendo investigados pertence a
instituição e que as verdadeiras unidades são todas cadastradas no sistema
E-MEC e no site da instituição para consulta pública.
Sobre o caso, a
UNIP detalhou que está averiguando a situação e tomará as devidas providências
legais e que segue à disposição da autoridade policial para contribuir no que
for necessário.
Esquema
criminoso
A PC informou
que grupo angariou centenas de alunos ao longo dos anos e, ao final, entregava
certificados falsos da faculdade.
Os polos
promoviam cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas, incluindo
pedagogia e história. No total, eram ofertados cerca de 60 cursos de
pós-graduação em diversas áreas.
“Há várias
vítimas que estão exercendo as profissões de forma ilegal pela região do
Marajó”, pontuou a corporação.
Foram
descobertos cinco polos ilegais: polo Itaucu (Oeiras do Pará), polo Santino
(Oeiras do Pará), polo Piriá (Curralinho), polo Canaticu (Curralinho) e polo
Nova Jerusalém (Curralinho).
Porém, devido a
atuação criminosa ser em regiões isoladas e de difícil acesso, a polícia não
descarta a hipótese de haver outras unidades fraudulentas.
Denúncia e
flagrante
A PC afirmou que
a equipe de Oeiras tomou conhecimento de que o coordenador participaria de um
baile de formatura de uma das turmas do polo Itaucu nesta sexta (21).
Foi descoberto
também que o barco em que o suspeito estava se deslocando pelo Marajó atracaria
na cidade de Curralinho, onde ele foi abordado pelos agentes, que comunicaram
terem encontrado com o coordenador certificados de conclusão de curso falsos,
boletos em nome da UNIP, becas, canudos de formatura, computadores, entre
outros itens.
Vale ressaltar
que, ao tomar conhecimento de que estavam sendo vítimas de estelionato,
diversos alunos que “se formariam” na sexta (21) se apresentaram para prestar
depoimento na delegacia de Oeiras do Pará.
“As investigações
apontam para um número de vítimas superior a mil, o qual boa parte está com
diplomas falsos trabalhando e exercendo a profissão”, completou a PC.
Segundo as
investigações, os custos do curso, do baile da formatura, da formatura e da
confecção dos diplomas falsos custavam às vítimas cerca de 12 mil reais em
média, causando um prejuízo total de 12 milhões de reais.
Assim, o
suspeito, preso em flagrante por estelionato como possível mandante do esquema,
será encaminhado ao presídio para ficar à disposição da Justiça, conforme
comunicou a polícia.
Fonte: g1 Pará
Foto:
Reprodução/PC
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