SESPA reforça equipes no combate à malária em garimpos em Jacareacanga
A presença de garimpeiros na região aumenta o risco de a doença chegar às aldeias indígenas. Por esse motivo, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA), está reforçando as ações de combate à malária em garimpos. A Sespa está reforçando a equipe de Força Tarefa para atuar com ações de prevenção à doença no município de Jacareacanga.
Em portaria publicada nesta sexta-feira (29), do Diário Oficial do Estado (DOE), a SESPA designou uma equipe composta por seis servidores lotados nos municípios de Itaituba e Santarém, entre guardas de endemia e agentes de saúde para realizarem ações preventivas, além de orientação à população indígena sobre os cuidados que devem tomar para evitar a doença.
Jacareacanga é um dos municípios com maior índice de casos da doença no Pará. Este ano, até o mês de maio, segundo dados da SESPA, apenas área de garimpo foram registrados 1.636 casos da doença. Em área indígena foram 1.075 casos, enquanto que na área urbana 262.
O aumento de casos de malária em terras indígenas está ligado diretamente à mineração ilegal na região. O município de Jacareacanga abriga as terras indígenas Munduruku, Kayabi e Sai Cinza, onde vivem mais de 10 mil indígenas de quatro etnias.
A SESPA tem atuado de forma integrada, em parceria com os municípios, por meio de força-tarefa, para garantir o diagnóstico, tratamento e a redução do número de casos de malária em todas as regiões paraenses.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles (mosquito prego). As maiores incidências de infecção são ao entardecer e ao amanhecer.
Os sintomas mais comuns são: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça (cíclicos). Antes de apresentarem essas manifestações mais características, muitos infectados sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. A doença pode evoluir para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada.
Pessoas devem procurar assistência em saúde em até 48 horas após o início dos sintomas.
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