Pará: DANÇARINOS PARAENSES RECEBEM MENSAGENS DE ÓDIO, APÓS APRESENTAÇÃO EM MANAUS.
O casal de professores de dança da Cia Cabanos, Thais Sousa e Rolon Ho, é sucesso nas redes sociais com suas dicas para quem pretende aprender ou evoluir na arte da dança. Com milhares de seguidores e vídeos estimulantes, eles são um dos principais divulgadores da dança de ritmos populares do Pará, como o brega.
Mesmo com muitos elogios do seu público, um comentário com mensagem de ódio tratou os professores com um tipo de preconceito já bastante conhecido por quem acompanha uma infantil rivalidade de alguns amazonenses e paraenses.Pará:
Por meio de postagem nas redes sociais, os professores mostram um comentário feito após uma apresentação realizada no último fim de semana, em Manaus, capital do Amazonas: “Que porcaria sujando , poluindo o belíssimo Teatro Amazonas com as porcarias dessa música. Vão fazer essas aberrações lá pra ZL. lá que moram a maioria dos refugiados do Pará aqui em Manaus, favor”, diz um usuário de nome Hiago Santiago.
Em outro comentário, ele continua com os ataques: “ninguém aqui pra essa porcaria de dança, só os refugiados famintos desse estado que vem pra cá que gostam”. A dupla paraense se pronunciou nas redes sociais dizendo que depois de um final de semana incrível em Manaus, onde foram tratados com muito carinho, acabaram recebendo mensagens de ódio e preconceito por “uma pessoa infeliz e mentalmente pequena”.
“Esse tipo de conduta expressa uma xenofobia que pretende aumentar a rivalidade entre Estados de uma região que deveria estar em um processo de união para ser mais valorizada, mais culturalmente explorada, e mais vista pelo Brasil e pelo mundo – de vez que historicamente a Região Norte é desvalorizada e diminuída”, dizem os dançarinos em um trecho da postagem.
Eles ressaltam que o povo de Manaus os recebeu de braços abertos e que mensagens desse tipo já foram enviadas em outras regiões e até mesmo em Belém.
Eles falam que pensam a dança na perspectiva de proporcionar alegria, felicidade e mudança de vida. Finalizam dizendo que o comentário infeliz não define o que é o povo que os recebeu, ressaltando que a união entre os estados da região norte só tem a acrescentar.
Fonte: Ver-o-fato
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