Estudo investiga a importância das plantas medicinais em Jacareacanga, no sudoeste do Pará.
O trabalho foi lançado em um evento promovido pela Universidade Federal de Pelotas, organizado pelo Instituto Politécnico de Tomar e a Universidade Católica de Pelotas e patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul e será publicado em forma de capítulo de livro.
O pesquisador Haroldo Humberto Lobo Cardoso Neto identificou que as plantas medicinais compõem um fator de grande relevância nos meios de prevenção, tratamento e cura de enfermidades para os moradores do município paraense, que possui uma das maiores populações indígenas do Brasil.
“A efetividade da pesquisa é reforçada constantemente ao visitarmos as feiras livres e os mercados populares não somente em Jacareacanga, mas no estado do Pará como um todo, que possui um número importante de espécies vegetais com propriedades farmacológicas e um elevado domínio da população nos usos e manejo de cada uma”, disse.
Esse conhecimento, em suma, é transmitido pela oralidade através de uma geração para outra, movimento que pode ser explicado devido a necessidade de obtenção de produtos para a manutenção da vida no local associada ao vínculo histórico da comunidade com os povos indígenas, como os Munduruku.
Contudo, o estudo constatou que tal costume vem perdendo força com o passar dos anos por conta da mudança do estilo de vida, principalmente, dos mais jovens, sendo cada vez mais necessário o registro dessas práticas populares.
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