Pará: CONHEÇA A PRIMEIRA MULHER A INTEGRAR O GRUPAMENTO AÉREO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO PARÁ
Determinação e a busca pelo conhecimento foram decisivas para que a Tenente pudesse galgar o espaço que ocupa hoje. Filha de mãe e pai policiais militares, a carreira militar sempre esteve presente em seus planos e o primeiro passo foi alcançado no ano de 2008, quando foi aprovada em concurso público e passou a compor as fileiras da instituição como soldado. Mas ainda não era o suficiente para ela que sonhava em ir mais longe. Durante o período de serviço militar, trabalhou no 2º Batalhão de Polícia Militar, onde era do motopatrulhamento; 6° BPM, em serviços administrativos, operacionais e com projetos junto às Escolas. No Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças – CFAP, formando novos policiais e aperfeiçoando outros. E foi durante a operação do Círio de 2009 que a policial sentiu o desejo em seu coração em servir o GRAER (Grupamento Aéreo), na época, enquanto a imagem de Nossa Senhora de Nazaré chegava à Basílica e o grupamento fazia a homenagem de chuva de pétalas.
Para atuar no Grupamento Aéreo é necessário ser um policial militar da categoria oficial. Então, no ano de 2013, Tenente Suzane avançou mais um degrau com a aprovação no Curso de Formação de Oficias. Após um período atuando na função, buscou qualificação junto à Escola Internacional de Aviação Civil, com duração de quatro meses, tendo a aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A Carteira de Habilitação Técnica foi entregue e ela pode, finalmente, voar mais alto em seu primeiro voo no Graesp. Diante de tantas etapas vencidas, o principal desafio a ser vencido, segundo ela, pode surpreender. “O Principal desafio nosso (mulher) é conseguir manter a nossa sensibilidade.
Eu sou do universo masculino, a maioria dos amigos homens, então a mulher traz organização e sensibilidade, seja no questionamento, posicionamento, visão à qualidade de vida, as mulheres na instituição trazem isso, buscam fornecer qualidade de vida nos pequenos detalhes”, afirmou a tenente acrescentado “é necessário ser mãe, mulher e profissional e dar conta desses três ambientes. Se não está bem em um, não vai tá bem no outro também”, afirmou a tenente que é casada e mãe de um menino. Atualmente, 100 homens compõem o grupamento aéreo, o que nem de longe assusta Suzane. “É importante à visão masculina, sim, feminina, sim, os dois caminhando juntos. É a troca de incentivo, de material, orientação, e isso é muito satisfatório. Meu entendimento é objetivo: o mérito, a dedicação, a disciplina e esforço são pessoais, mas “O sucesso é uma conquista coletiva”, ninguém vence sozinho”, relatou a Tenente que já recebeu o apoio dos colegas de trabalho durante o processo de estudo até a aprovação.
“Desde quando cheguei aqui recebi ajuda no estudo, um apoio, o oferecimento de um livro. Respeito muito os que aqui estão. É gratificante ter o seu espaço, compreender o espaço deles e conseguir alegrar, produzir. Chamo todos de meninos”, brincou. A conquista alcançada agora já é inspiração para tantas outras mulheres, nas diversas áreas. “Todas as mulheres que se propõem a fazer algo ainda não realizado acabam se tornando referência. Mas prefiro me ver apenas como uma “chave”, que abriu uma porta onde muitas outras colegas, podem e precisam ocupar. O quanto de desafios que a mulher enfrenta desde quando nasce carregado de um patriarcado, que estabelece o que pode e não pode. As dificuldades existem em outras profissões, em todo o mundo. Então é necessário ter cautela, determinação para ocupar o espaço de forma técnica”,
Fonte: Agência Pará
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