A operação foi deflagrada n o início da manhã, com as equipes a postos em frente ao 15º BPM, para o início da atividade. Os últimos ajustes foram repassados pelos representantes das instituições integradas. Polícias Militar e Civil; Coordenadoria de Trânsito, Detran e Vigilância Sanitária. A estratégia montada previa apanhar a todos de surpresa, nesta área da zona central de Itaituba, conhecida por “Crackolândia”, que a Polícia já identificou como zona vermelha pela grande concentração de usuários de drogas.
A operação foi organizada a partir de denúncias de moradores e comerciantes dos arredores e também por pessoas que costumam passar pelo local, e normalmente são abordadas por usuários, que pedem dinheiro para financiar o vício das drogas. Pontos da travessa João Pessoa, no centro comercial e em direção à Bela Vista, foram fechadas e somente o fluxo de carretas foi liberado. A rua Nova de Santana também foi fechada, enquanto os policiais do Grupo Tático e Rocam faziam a abordagem e a condução dos suspeitos para um ponto em comum, o “Hotel Pará”, localizado na João Pessoa, e apontado em denúncias como o local de maior presença de usuários. Em revista autorizada no estabelecimento, o que se viu foi um ambiente totalmente inadequado para permanência de pessoas. Banheiros, quartos, cozinha e lavatórios sem as mínimas condições de higiene. A Vigilância Sanitária encontrou, pelo menos, oito itens de infração diferentes.
Durante a operação, foram abordadas e interrogadas trinta pessoas, dezoito homens e doze mulheres. A maioria delas com aparência deplorável; algumas mulheres grávidas, outras em estado de fome extrema. A polícia suspeita que todas essas pessoas têm envolvimento com o tráfico, consumindo ou vendendo pequenas quantidades de drogas. Seja qual for o nível de envolvimento, cada uma delas pode contribuir para uma investigação maior, no combate ao tráfico.
A Polícia Civil foi representada pelo delegado Marcelo Diniz, auxiliado pela chefe do Departamento de Polícia Administrativa (DPA), investigadora Valéria, e mais um grupo de aentes. O subcomandante do 15º BPM, capitão Éder Santos, enfatizou que a sociedade tem se mostrado presente no trabalho policial, cedendo informações que são importantes para estabelecer uma linha segura de investigação.
Dentro os suspeitos abordados e interrogados, os que foram flagrados com qualquer quantidade de material entorpecente foram encaminhados para a Seccional de Polícia, onde foram ouvidos em Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). A partir desta operação, outras ações semelhantes deverão ser executadas, com o objetivo de desarticular esquemas de apoio ao tráfico de entorpecente no município e na região.
Fonte: Mauro Torres
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