Exame de DNA confirma: ossada encontrada no Parque da Amazônia é de Winglya Lopes
O
resultado do exame de DNA, feito pelo Centro de Perícias do Instituto Renato
Chaves em Itaituba, em material coletado da ossada humana encontrada na rodovia
Transamazônica, a 90 quilômetros do centro de Itaituba, foi encaminhado na
manhã desta quinta-feira à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, a
Deam, de Itaituba.
Segundo
o delegado Vicente Gomes, superintendente regional da Polícia Civil no Tapajós,
essa informação era aguardada com grande expectativa, tão somente como um
complemento do processo de investigação, que apura o crime de feminicídio de
que Winglya foi vítima. Confirmada a identidade, o superintendente da Polícia
Civil concedeu entrevista coletiva, comentando o andamento das investigações.
A
jovem Winglya Aboim Lopes, 25 anos de idade, foi vista com vida pela última vez
em nove de maio. Desde então, vinha sendo dada como desaparecida, apesar dos
fortes indícios de que o corpo encontrado no Parque Nacional era o da jovem.
Segundo o delegado,
esse complemento ao processo não muda os rumos das investigações, nem a
suspeita de envolvimento do ex-companheiro de Winglya, o técnico em expansão
Arlyson Sousa, contra quem já existe um mandado de prisão preventiva expedido
pela Justiça.
O pai de Winglya compareceu à Deam para
ser informado oficialmente da confirmação e lembrou que “ainda ontem foi meu
aniversário… e hoje minha filha completaria 26 anos. É uma data que não vamos
comemorar”. Ele disse, ainda, que a família ainda alimentava um fio de
esperança de que a jovem poderia estar viva. Mas os indícios eram muito fortes,
e essa confirmação veio como um grande impacto.
Agora, Adamor Lopes diz
que tudo que espera é que seja feita Justiça. “Esperamos pela Justiça dos
homens, mas principalmente a Justiça de Deus”, resume.
Por Mauro Torres
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