Indígenas Munduruku fazem ato em frente ao Ministério da Justiça por demarcação de terras
Pedindo a continuidade do processo de demarcação, indígenas munduruku fizeram, na manhã de hoje, um ato em frente ao Ministério da Justiça.
Na ação, eles fincaram placas de demarcação no gramado do Ministério e distribuíram o “Mapa da Vida”: uma publicação feita com apoio do Greenpeace que apresenta os lugares importantes para os índios e que não podem ser destruídos.
O cacique da terra Indígena Sawré Maybu, Juarez Munduruku, reforça a determinação dos indígenas em conseguir a demarcação.
A terra Indígena Sawré Maybu é uma área já delimitada, tradicionalmente ocupada pelos Munduruku, localizada no sudoeste paraense, que aguarda decisão do Ministério da Justiça para a expedição de portaria declaratória, uma nova fase dentro do processo demarcatório.
A área pode ser alagada caso ocorra a instalação da Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós que, no momento, está com o processo de licenciamento arquivado.
O coordenador da Campanha contra Hidrelétricas na Amazônia, do Greenpeace, Danicley de Aguiar, explica porque a entidade se juntou aos munduruku para exigir a demarcação da área.
O mapa da vida, desenhado à mão pelos próprios indígenas, mostra locais sagrados, áreas de caça e pesca, e de coleta de medicamentos. Também apresenta relatos indígenas do significado de cada parte da terra que consideram vital para a sobrevivência do grupo.
Os munduruku estão no Acampamento Terra Livre que já reúne cerca de mil e 200 indígenas em Brasília, numa semana intensa de debates, atos e audiências públicas.
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