Justiça determina a suspensão das atividades de faculdade no Pará
Por: Jeso Carneiro
Justiça atendeu pedido de ação civil
do MPF (Ministério Público Federal) no Pará, e determinou a suspensão imediata
das atividades da Faibra (Faculdade Integrada do Brasil) em todo território
paraense.
A ação, ajuizada pela Procuradoria
Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em junho deste ano, aponta que a Faibra
oferta cursos de nível superior em vários municípios do Pará sem autorização do
Ministério da Educação (MEC).
O juiz Bernardo Tinôco de Lima Horta
também determinou que a instituição cancele anúncios de oferta de graduação e
pós-graduação, interrompa a matrícula de novos estudantes e divulgue a
existência dessa decisão em sua página oficial na internet.
Proec
Em 2012, a Faibra foi notificada pelo
MPF após denúncias de oferta de cursos de nível superior sem autorização do
MEC.
Em sua defesa, a instituição alegou que
a formação ofertada fazia parte do Programa de Educação Continuada (Proec) e
que estava devidamente credenciada.
No entanto, o MEC informou que os
cursos oferecidos pelo Proec são considerados ‘livres’ e não podem ser
anunciados como graduação nem permitem emissão de diploma de nível superior.
Assim, os cursos ofertados nos
municípios de Abaetetuba, Afuá, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Curralinho,
Mãe do Rio, Melgaço, Portel e Tailândia não têm valor de graduação.
Para agravar a situação, as aulas são
ministradas, quinzenalmente, em escolas públicas, por professores sem a
qualificação exigida e sem qualquer fiscalização do MEC.
No total, já são 20 as instituições com
cursos irregulares suspensos no Estado desde 2011, quando houve um aumento no
número de denúncias feitas ao MPF sobre o problema.
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