Comunidades da BR-163 terão apoio do Serviço Florestal para manejo da castanha e açaí.
Estruturação
da atividade produtiva ganhará impulso por meio de assistência técnica ao
produtor e capacitação de extensionistas
Comunidades quilombolas da Calha Norte, no Pará, e produtores familiares da região de influência da BR-163, no mesmo estado, vão receber apoio do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) para estruturar atividades econômicas tradicionais do extrativismo da castanha e do açaí.
As
localidades em que vivem esses comunitários ainda detêm baixos indicadores
sociais e econômicos, portanto, o objetivo é que a assistência técnica em todas
as etapas da produção contribua para a organização da atividade, o acesso a
mercados e a conquista de melhor qualidade de vida. Cerca de 250 produtores
serão diretamente beneficiados. Também está prevista a capacitação de 100
extensionistas.
“A
comercialização de produtos não madeireiros tem imensa importância para as
comunidades amazônicas. O apoio do Serviço Florestal tem como objetivo
fortalecer a cadeia produtiva da castanha e do açaí por meio de práticas sustentáveis
para que essa seja uma fonte de renda contínua para essas famílias”, explica a
diretora de Fomento e Inclusão do Serviço Florestal, Claudia Azevedo-Ramos.
A
assistência será prestada por meio de contratos firmados no dia 05 de fevereiro
com o Centro de Trabalhadores da Amazônia (CTA), entidade ligada a uma das
maiores iniciativas de extrativismo da castanha no país, no Acre, e Instituto
socioambiental Flora Nativa do Pará. No dia 20/02, uma reunião com o CTA
detalhou aspectos do trabalho que será realizado.
Castanha
O mapeamento dos castanhais e a realização de um diagnóstico do potencial produtivo das áreas manejadas pelas comunidades serão algumas das primeiras ações feitas com quilombolas situadas na Floresta Nacional Saracá-Taquera e no Alto Trombetas. O mesmo ocorrerá com produtores familiares de Novo Progresso que coletam castanha.
O mapeamento dos castanhais e a realização de um diagnóstico do potencial produtivo das áreas manejadas pelas comunidades serão algumas das primeiras ações feitas com quilombolas situadas na Floresta Nacional Saracá-Taquera e no Alto Trombetas. O mesmo ocorrerá com produtores familiares de Novo Progresso que coletam castanha.
Estão
incluídos na iniciativa a caracterização dos produtores, elaboração de plano de
negócios, elaboração de projetos para acesso a programas de fomento como o Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o de Aquisição de
Alimentos (PAA), monitoramento da produção, oficinas de boas práticas e
assistência técnica.
Durante os
12 meses de contratação, deverão ser prestadas pelo menos 700 horas de
assistência técnica, que incluem mais de 60 visitas técnicas, considerando
todos os grupos beneficiados, incluindo capacitações e atividades de apoio.
Açaí
Assim como no caso da castanha, a assistência técnica para comunidades produtoras de açaí dá continuidade ao trabalho do SFB realizado por meio da Unidade Regional do Distrito Florestal Sustentável da BR-163 com agricultores familiares do município de Trairão, nas comunidades Bela Vista do Caracol, Três Bueiras, Santa Luzia, Batata, Planalto e Santa Rita.
Assim como no caso da castanha, a assistência técnica para comunidades produtoras de açaí dá continuidade ao trabalho do SFB realizado por meio da Unidade Regional do Distrito Florestal Sustentável da BR-163 com agricultores familiares do município de Trairão, nas comunidades Bela Vista do Caracol, Três Bueiras, Santa Luzia, Batata, Planalto e Santa Rita.
O apoio
abrangerá tanto a produção do palmito quanto a do fruto da palmeira do açaí.
Haverá orientação para o licenciamento da atividade, inventário participativo
das áreas, elaboração de projetos de manejo, assistência para o cadastramento
em órgãos oficiais, oficinas de boas práticas e elaboração e submissão de
proposta para acesso ao PAA ou ao Programa Nacional de Alimentação Escolar
(Pnae).
Os
resultados serão monitorados a partir de uma linha de base que será construída
no diagnóstico das comunidades.
Fonte: ASCOM/Serviço Florestal Brasileiro
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