Deputado Megale (PSDB) renuncia candidatura à presidente da Alepa
O deputado José Megale (PSDB) renunciou hoje (04) a sua candidatura à presidente do Poder Legislativo.
Causou-lhe
a decisão as matérias do “Diário do Pará” reportando o seu suposto
envolvimento nas irregularidades do “Caso Alepa” e a demora do
Ministério Público em proceder as investigações ao seu respeito.
> Pontos ponderados
Reafirmou
a sua inocência e ponderou que não exporia a Casa a mais notícias
negativas do que aquelas que a instituição já vem sofrendo nesses dois
anos.
Acusou que as reportagens tiveram como
fundamento interferir na pauta eleitoral e opinou que a Alepa não pode
sofrer interferências externas para eleger o seu presidente.
> Tática equivocada
A
tática do governo em postergar a eleição para o dia 1º de fevereiro de
2013, com o intuito de subtrair do deputado Martinho Carmona (PMDB) o
voto do deputado João Salame (PPS) é equivocada.
Sabe-se
que campanhas não se fazem servindo chá de erva-cidreira e quanto mais a
labuta perdurar mais lenha será despejada, por ambos os lados, na
fogueira que começa a incandescer no centro do plenário: há muitos que
ganham com isso, mas a Casa perde.
> Sem interferências externas
Acoberta-se
de razão o deputado Megale ao opinar que o Poder Legislativo não deve
sofrer interferências externas na eleição do presidente: em tese isso
seria o ideal.
Mas há teorias que se travestem
diferentes na prática. A Casa não é uma ilha isolada no meio de um mar
sereno. Campanhas são guerras e os contendedores usam as armas que
possuem. Na conjuntura, as lanças do PSDB são bem mais pontiagudas, pois
lhe dá intendência o governo.
> Governo interfere diretamente no pleito
Há
mais de duas semanas o governador convida os deputados ao Palácio para
cabalar votos a sua falange, interferindo, como qualquer outro que lá
estivesse, no processo, portanto, não é possível depositar uma auréola
na cabeça de alguém nessa peleja.
> Eleição imediata
Para
a instituição, a previdência indica uma eleição imediata. Aquele que
vencer deverá conduzir à Casa de volta à normalidade e quem não lograr
êxito tem o dever de respeitar a vontade da maioria.
Assim agindo, a Alepa urgiria em virar, do ponto de vista inter pares, uma página que não teria razão para ser escrita a ferro e fogo.
> Novos nomes do governo
Os
deputado Márcio Miranda (DEM) líder do governo na Alepa e Junior
Ferrari (PSD) atual vice-presidente, são os potenciais candidatos do
governo após a renúncia do deputado Megale.
Fonte: Blog do Parsifal
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