Índios Mundurukus do tapajós vão à Brasília lutar pelos seus direitos
Um grupo de 17 indígenas da etnia munduruku esteve na manhã desta segunda feira (27) reunidos na sede da Fundação Nacional do Índio-Funai em Itaituba e a tarde com a direção do Disei/Tapajós. A reuniáo foi para elaborar uma pauta de reivindicações junto que será levada à Brasília e apresentada em reunião ao Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, ao presidente da Funai, Márcio Meira e ao secretário nacional da Secretaria Especial de Saúde Indígena-SESAI, Antonio Alves.Na reunião no escritório da Funai em Itaituba, os indígenas conversaram com servidores da autarquia onde debateram assuntos como a indicação de Walter Tertulino Azevedo para a chefia local, a reestruturação dos postos indígenas, falta de lancha para transportes dos mundurukus, revitalização das instalações físicas do escritório localizado na estrada que dá acesso ao DENIT e a entrega de um caminhão adquirido pelo governo federal para dar apoio aos indígenas do Tapajós, mas está retido em Juína/MT.Uma das preocupações dos Munduruku é a possibilidade de os Kayapós levarem para Mato Grosso o Escritório Regional da Funai. “No município de Jacareacanga temos 118 aldeias, onde habita uma população de mais de 12 mil indígenas se o escritório for para Mato Grosso, como nós vamos resolver nossos assuntos com a Funai? Com o escritório aqui em Itaituba já é difícil imaginem em outro Estado”, argumenta Venâncio Munduruku da aldeia Missão Velha.Já na reunião à tarde com a direção do Distrito Sanitário Especial Indígena do Rio Tapajós-DSEI/TAPAJÓS, que contou com a presença do prefeito Raulien Queiroz a pauta foi a questão da saúde indígena. Dulce Maria, que vai assumir a direção do órgão foi sabatinada pelos Munduruku, sobre as propostas para melhorar a prestação de serviço na saúde do povo indígena.
Jairo Kurap, da aldeia Katõ disse que a falta de medicamento nos postos de saúde das aldeias pólos tem deixado as lideranças indígenas preocupadas. “Já morreu uma criança em minha aldeia por falta de medicamento. Isso não pode acontecer. O Governo Federal manda dinheiro para ser usado na saúde do índio e onde está indo tanto dinheiro, já que faltam medicamentos em nossas aldeias?”, Indaga Kurap.
Outra situação denunciada desta vez pelo vereador indígena Gerson Manhuary Munduruku, é o abandono da Casa do Índio-CASAI em Jacareacanga. De acordo com o vereador, tem índio passando fome naquela unidade de recuperação. “O parente indígena sai do Hospital e vai para CASAI se recuperar. Mas lá não tem alimento e o índio corre o risco de morrer de fraqueza. Se não fosse a ajuda da prefeitura em fornecer alimento, muitos irmãos nossos já tinham morrido”, disse Gerson Manhuary.
A comissão formada por 17 indígenas acompanhada pelo prefeito de Raulien Queiroz, estará viajando nesta terça (28) à Brasília, onde será recebida por representantes da Funai, Sesai e pelo Ministro de Minas e Energia, já que os indígenas também irão abordar assuntos referentes à construções de Hidrelétricas no rio Teles Pires e Tapajós.
Texto e Fotos: Nonato Silva
Um grupo de 17 indígenas da etnia munduruku esteve na manhã desta segunda feira (27) reunidos na sede da Fundação Nacional do Índio-Funai em Itaituba e a tarde com a direção do Disei/Tapajós.
A reuniáo foi para elaborar uma pauta de reivindicações junto que será levada à Brasília e apresentada em reunião ao Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, ao presidente da Funai, Márcio Meira e ao secretário nacional da Secretaria Especial de Saúde Indígena-SESAI, Antonio Alves.
Na reunião no escritório da Funai em Itaituba, os indígenas conversaram com servidores da autarquia onde debateram assuntos como a indicação de Walter Tertulino Azevedo para a chefia local, a reestruturação dos postos indígenas, falta de lancha para transportes dos mundurukus, revitalização das instalações físicas do escritório localizado na estrada que dá acesso ao DENIT e a entrega de um caminhão adquirido pelo governo federal para dar apoio aos indígenas do Tapajós, mas está retido em Juína/MT.
Uma das preocupações dos Munduruku é a possibilidade de os Kayapós levarem para Mato Grosso o Escritório Regional da Funai. “No município de Jacareacanga temos 118 aldeias, onde habita uma população de mais de 12 mil indígenas se o escritório for para Mato Grosso, como nós vamos resolver nossos assuntos com a Funai? Com o escritório aqui em Itaituba já é difícil imaginem em outro Estado”, argumenta Venâncio Munduruku da aldeia Missão Velha.
Já na reunião à tarde com a direção do Distrito Sanitário Especial Indígena do Rio Tapajós-DSEI/TAPAJÓS, que contou com a presença do prefeito Raulien Queiroz a pauta foi a questão da saúde indígena. Dulce Maria, que vai assumir a direção do órgão foi sabatinada pelos Munduruku, sobre as propostas para melhorar a prestação de serviço na saúde do povo indígena.
Jairo Kurap, da aldeia Katõ disse que a falta de medicamento nos postos de saúde das aldeias pólos tem deixado as lideranças indígenas preocupadas. “Já morreu uma criança em minha aldeia por falta de medicamento. Isso não pode acontecer. O Governo Federal manda dinheiro para ser usado na saúde do índio e onde está indo tanto dinheiro, já que faltam medicamentos em nossas aldeias?”, Indaga Kurap.
Outra situação denunciada desta vez pelo vereador indígena Gerson Manhuary Munduruku, é o abandono da Casa do Índio-CASAI em Jacareacanga. De acordo com o vereador, tem índio passando fome naquela unidade de recuperação. “O parente indígena sai do Hospital e vai para CASAI se recuperar. Mas lá não tem alimento e o índio corre o risco de morrer de fraqueza. Se não fosse a ajuda da prefeitura em fornecer alimento, muitos irmãos nossos já tinham morrido”, disse Gerson Manhuary.
A comissão formada por 17 indígenas acompanhada pelo prefeito de Raulien Queiroz, estará viajando nesta terça (28) à Brasília, onde será recebida por representantes da Funai, Sesai e pelo Ministro de Minas e Energia, já que os indígenas também irão abordar assuntos referentes à construções de Hidrelétricas no rio Teles Pires e Tapajós.
Texto e Fotos: Nonato Silva
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