Circuncisão de homens com HIV não protege mulheres da Aids

Uma pesquisa realizada em Uganda, na África, aponta que a circuncisão de homens infectados com o vírus HIV, causador da Aids, não reduz o risco de transmissão para as suas parceiras sexuais.

Estudos anteriores concluíram que, em homens saudáveis, o procedimento reduz de 60% a 50% as chances de eles serem contaminados pelo vírus. Isso porque, o prepúcio do pênis, que é removido durante a circuncisão, é rico em células que são particularmente mais suscetíveis para o vírus se instalar e sua remoção, portanto, dificultaria a contaminação. Tais levantamentos levaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) a recomendar a técnica como parte da estratégia de prevenção da Aids.

Publicado na revista britânica "The Lancet", o estudo avaliou mais de 900 homens inicialmente não circuncidados, portadores de HIV, na faixa etária de 15 a 49 anos. Durante as análises, alguns participantes foram imediatamente circuncidados e outros tiveram o procedimento adiado por dois anos. Mais de 160 parceiras sexuais dos voluntários também foram acompanhadas. A pesquisa concluiu, que após 24 meses, a circuncisão nos homens infectados não evitou a transmissão de HIV e nem de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) para as parceiras.

Entretanto, de acordo com os cientistas, a eficácia da circuncisão masculina na prevenção de HIV em homens não infectados é um fato, e essa menor propensão acabaria beneficiando as suas parceiras sexuais, que ficariam menos expostas ao vírus. Mesmo assim, os pesquisadores alertam que o uso de preservativo é essencial para evitar a transmissão de HIV, apesar da circuncisão.

Fonte: Minha Vida

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